Nesta semana começou a florada dos ipês-roxos em Marília, abrindo a temporada dos ipês de 2024, que vai de junho a outubro, aproximadamente. O espetáculo de cor e beleza das floradas das espécies existentes na arborização urbana do município seguem normalmente a ordem dos ipês-roxos entre junho e julho, dos ipês-amarelos entre julho e agosto, dos ipês-rosas no fim de agosto e dos ipês-brancos em setembro.
O ipê é uma das árvores mais plantadas no Brasil em áreas urbanas e rurais. O ipê é encontrado em quase todas as regiões do Brasil e sempre chamou a atenção pela sua beleza natural. Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o ipê espécie símbolo nacional. Desde então ipê é a árvore nativa símbolo do país.
Ipê é uma palavra de origem Tupi, que significa árvore cascuda, e é o nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez espécies de árvores com características semelhantes de flores branca, amarela, rosa, roxa ou lilás. São 1,3 mil flores em média em cada ipê. Também conhecido como pau d’arco, por se tratar de uma árvore que, durante muitos anos, foi utilizada por indígenas para fazer arcos e flechas.
O ipê é uma das espécies indicadas para o plantio em área urbana inscritos no Plano de Manejo de Arborização Urbanado Município de Marília, que entrou em vigor em outubro do ano passado, dando nova regulamentação ao plantio, desde prazos, cuidados e técnicas aplicadas nos diversos espaços urbanos, prevendo multas e fiscalização.
O plano de arborização evidencia que a cidade possui elevado índice arbóreo na área urbana, porém abaixo do que determina a legislação da cidade, de uma árvore por domicílio. A média da cidade é de 76,3%, com o bairro Nova Marília chegando a atingir o máximo de 93,9% de arborização, com 2.774 árvores para 2.954 residências, o bairro Jardim Flamingo atingindo o mínimo de 40,4% com 247 árvores para 611 residências.
A regulamentação determina que a supressão de árvores sem autorização municipal acarreta multa, obrigatoriedade do replantio de outra muda no lugar e doação ao viveiro do bosque municipal na proporção de 15 mudas para cada árvore nativa e 07 mudas para cada árvore exótica suprimida.
A expectativa é que a regulamentação e cuidados com arborização estabeleça benefícios como diminuir os efeitos de ilhas de calor; melhorar a qualidade do ar; aumento da umidade e aumento da biodiversidade urbana.
