A Casa da Mulher em Marília, um projeto da Prefeitura de Marília em parceria com governo do Estado, que prometia oferecer atendimento 24 horas para vítimas de feminicídio, está parada, inacabada e abandonada.
Nem cerca ou vigilância existe no local, que foi investido R$ 891 mil em uma instalação com banheiros, auditórios e salas para o atendimento e abrigo de mulheres em situação de violência, na rua Osório Alves, no bairro Fragata, a poucos metros do Tribunal de Contas.
A Prefeitura de Marília assinou contrato de R$ 891.924 com a empresa PVR Engenharia, que tem sede na cidade, para a construção do centro de atendimento a mulheres.
O local iria oferecer suporte ao Centro de Referência para Políticas Públicas para Mulheres, criado em 2020 e dedicado ao enfrentamento à violência contra as mulheres.
O projeto da Casa da Mulher foi desenvolvido sob demanda da Secretaria de Desenvolvimento Regional, como um espaço para atividades como palestras, atendimento social e jurídico, além de cursos para estímulo de habilidades e incremento de renda.
Há algumas semanas os moradores vizinhos perceberam a paralisação da obra e retirada de conteiners e equipamentos. Até a cerca foi retirada. Ficou apenas as paredes, os telhados e uma grande estrutura de metal como parte da cobertura. Sem qualquer segurança, os moradores temem que o local também seja tomado por pessoas em situação de rua e usuários de droga.
“Já convivemos com dois edifícios abandonados, que fica atraindo todo tipo de gente, e agora tem mais este”, declarou uma vizinha, que pediu para não se identificar. Para os moradores vizinhos, a paralisação da obra deveria ser seguida por uma proteção do patrimônio já construído. Eles temem por depredação ou até furto dos materiais de construção.