Quarta-feira, Novembro 13, 2024

Cidade

Marília não comporta uma segunda UPA na Zona Oeste, diz Secretaria da Saúde

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A Secretaria Municipal de Saúde emitiu uma nota no dia 3 de outubro à Câmara Municipal de Marília, em resposta ao questionamento do vereador Danilo da Saúde, defendendo que a cidade não precisa de uma segunda UPA 24 horas na Zona Oeste do município, em complemento à UPA 24 horas da Zona Norte e ao PA da Zona Sul. Segundo a justificativa, assinada pelo atual responsável pela pasta, uma cláusula de uma Portaria do Ministério da Saúde, de 2017, que cita ser adequado oferecer apenas 15 leitos de observação e 4 de atendimento de fato para uma população de até 300 mil pessoas.

A Portaria nº 10, de 3 de janeiro de 2017, define as diretrizes de modelo assistencial e financiamento de UPA 24horas de Pronto Atendimento como componente da Rede de Atenção às Urgências, no âmbito do Sistema Único de Saúde.

A prerrogativa, ou delimitação classificada em um documento federal, entretanto, não se baseia em realidades locais, em insuficiência e fila de espera na atenção básica e no sistema CROSS para atendimento eletivo, nem questiona a desatualização das próprias diretrizes, seja após o enfrentamento de uma pandemia, seja após o maior adoecimento com a crise financeira crescente da maioria das famílias.

O vereador questionou dados técnicos para se embasar em sua necessidade prática, real, de uma população que bate em seu gabinete todos os dias reclamando da demora no atendimento, da má qualidade do atendimento e da incapacidade ou omissão do poder público em propor uma solução.

A criação de uma segunda UPA 24 horas é uma reivindicação antiga, constante e ainda presente. A superlotação da UPA, do PA e do pronto socorro do Hospital das Clínicas é uma realidade constatável a qualquer momento. Mas além de negar ou omitir que existe sim demora no atendimento de urgência na cidade, agora o poder público alega que é desnecessária essa demanda. Que 19 camas para atender 300 mil pessoas é um dado técnico aceitável e verdadeiro.

O tema deveria ter sido rebatido e tornado público durante as eleições, pois a maioria dos candidatos colocaram em seus planos de governo a busca pela criação de uma segunda UPA 24 horas. Se não há necessidade e uma portaria comprova que toda a população de Marília está errada, deveriam dar publicidade a estas justificativas e esclarecer à todos que a demora no atendimento na UPA e PA de Marília é má interpretação.


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