Quinta-feira, Setembro 19, 2024

Cidade

Comtur defende que reforma de aeroporto entre no plano de governo dos candidatos

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A Rede Voa, grupo empresarial que venceu a licitação e assumiu a administração do aeroporto de Marília, pretende realizar a reforma obrigatória de uma forma que não garante o crescimento e o aumento do uso do local. Isso é o que teme o Conselho Municipal de Turismo de Marília (Comtur) ao analisar o projeto de ampliação proposto pela concessionária. O órgão deliberativo do município defende que o próximo prefeito tenha em seu plano de governo o compromisso de evitar que o aeroporto da cidade seja prejudicado.

Segundo o presidente do Comtur, Ivan Evangelista, o pátio do aeroporto é pequeno para as necessidades do mercado de transporte aéreo atual.

Ele precisa ser ampliado. Se você tiver três aeronaves de pequeno porte estacionadas já complica a manobra das aeronaves da Azul. Se for preciso manobrar duas aeronaves de médio/grande porte é igualmente dificultoso considerando as dimensões das asas”, explica.

Ele defende que o aeroporto de Marília precisa de novas instalações que atendam o fluxo de passageiros atual e também do futuro, caso a cidade venha a ganhar mais voos e mais companhias aéreas operando por aqui.

“O Comtur já levou este assunto para discussão em várias reuniões ordinárias, porém somente a movimentação política, somada ao movimento dos empresários e usuários dos voos entre Marília e Campinas, vai conseguir por o assunto em pauta entre a Artesp e a Rede Voa novamente. A Rede Voa é cliente da Artesp e não de Marília, por isso a Prefeitura precisa cobrar da Artesp para que seja ouvida nesse processo de reforma”, declarou Evangelista.

O presidente do Comtur também critica a oferta de voos oferecida em Marília, que não atende a necessidade dos usuários.

“O transporte aéreo não é um transporte de rico, para passeio, é um transporte do trabalhador, que precisa de locomoção rápida entre longas distâncias. Antes era oferecido horários pela manhã e noite, podendo até se realizar ida e volta em mesmo dia. Hoje é ofertado apenas um horário, no meio da manhã, que inviabiliza o uso profissional do transporte”, disse.

Outro ponto necessário para a reforma é possibilitar pouso, decolagem e taxiamento de aeronaves de transporte de cargas, para se ampliar as capacidades de uso do aeroporto.

“Nada disso vem sendo anunciado e a cidade precisa ser ouvida e somente a Prefeitura pode cobrar da Artesp para que isso ocorra”, concluiu.


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