Quinta-feira, Maio 16, 2024

Cidade

Quantidade de residências vazias cresce 133% e cada 100 imóveis de Marília, 12,5 são vagos

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Dados comparativos entre o Censo 2010 e o Censo 2022 mostram que cidade ganhou 28.889 novas moradias em 12 anos, ampliando de 5.765 em 2010 para 13.432 em 2022

A cada 100 domicílios particulares de Marília, 12,5 estavam vagos em 2022. A proporção aumentou comparada ao censo anterior: em 2010, eram 7,3 a cada 100. No ano de 2010 o município de Marília contava com 78.349 domicílios, sendo 7,3% deles sem qualquer morador residindo no local ou 5.765 imóveis vazios. Em 2022, a cidade ganhou 28.889 residências, aumentando em 36,8% essas edificações, mas também ampliando o volume de imóveis vazios, para 12,5% do total, ou 13.432 residências sem nenhum morador. As informações são do Censo 2010 e Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Em 2010 67.419 domicílios eram habitados na cidade ou 87,3% de todas as residências construídas. Em 2022 atingiu 88.399 habitações ocupadas ou 82,5% dos imóveis existentes. O aumento do volume de domicílios ocupados em 12 anos foi de 29,2%.

Já os imóveis vagos, sem nenhum morador, tiveram um salto de 133%, pois eram apenas 5.765 sem uso em 2010 e hoje já são 13.432 imóveis fechados, sem qualquer uso além da especulação imobiliária. A falta de destinação para os imóveis da cidade passou de 7,3% para 12,5% do total de residências construídas.

O Censo comparativo ainda mostra o volume de domicílios vagos de uso ocasional (descanso de fins de semana, férias ou outro fim), que também cresceu em 12 anos, de 3.815 para 5.293 imóveis ou um aumento de 38,7%. Em 2010 este tipo de imóvel representava 4,8% do total de domicílios do município e em 2022 aumentou para 4,9%.

BRASIL – A cada 100 domicílios particulares no Brasil, 13 estão vagos. Ao todo, o IBGE contou 11,4 milhões de casas e apartamentos vazios no país. A proporção aumentou comparada ao censo anterior: em 2010, eram 9 a cada 100.

O estado com a maior quantidade de domicílios vazios é São Paulo, com 2 milhões. Isso representa 12% das moradias particulares contadas pelo IBGE no estado. A capital também é o município com maior quantidade de moradias vazias: são 588 mil casas e apartamentos vagos. O número é o dobro do valor de 2010. Quando se compara o percentual de domicílios vagos em

cada estado, o maior deles está em Rondônia, com 16%.

Já entre os municípios, o maior percentual é visto em São João do Jaguaribe, no Ceará. Em 2010 a cidade tinha 9,3% dos domicílios não ocupados, hoje esse valor é de 29%. No entanto, a população da cidade diminuiu entre os dois censos; foram registrados 7.900 habitantes em 2010 e 5.855 em 2022.

A quantidade de domicílios vazios é duas vezes maior que o déficit habitacional no país. Dados da Fundação João Pinheiro mostram que, em 2019, o déficit habitacional no Brasil era de mais de 5,9 milhões de domicílios.


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